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26 setembro 2023

Nektar - Discografia.

Os quatro ingleses que montaram a incarnação inicial do Nektar se conheceram, veja só, em Hamburgo, na Alemanha, e lá formaram a banda em 1969. Por um tempo, do início ao meio dos anos 70, pareceu que eles poderiam conquistar sucesso nos EUA como um furacão, mas aquilo acabou se tornando um hype (exagero ou enfatização excessiva) e já por volta de 1975 o grande momento havia passado, embora eles tenham continuado a carreira até o final daquela década e até retornado à ativa no novo milênio, gravando novos CDs e aparecendo em vários festivais de Rock Progressivo. Allan "Taff" Freeman (teclados e vocais), Roye Albrighton (guitarras e vocais), Derek "Mo" Moore (baixo, mellotron e vocais) e Ron Howden (bateria), todos chegaram a Hamburgo vindos da Inglaterra, em 1965, como membros de diferentes bandas. Acabaram se conhecendo em 1968, no Star Club, onde descobriram gostos similares (Beatles, Rock'n'Roll básico etc.), mas logo foram atraídos por sons mais experimentais, que estavam começando a surgir na cena roqueira. Em 1969, formaram o Nektar e começaram a trabalhar combinando suas influências dentro de um todo eficaz. Em 1970, contando com um show de luzes e efeitos especiais (projetado e operado por um quinto membro não oficial, Mick Brockett) acrescentado às apresentações de palco, eles começaram a atrair crescente atenção e fãs, na Alemanha. Assinaram um contrato com o selo alemão Bellaphon Records, em 1971, e por ele lançaram o álbum de estreia, "Journey To The Center Of The Eye", em 1972.
 
Este disco acabaria se revelando um dos melhores da banda, saturado com psicodelia abstrata e temas de ficção científica maravilhosos que eram engrandecidos pelo rigoroso, porém deslumbrante, mellotron de Allan Freeman e pelo jeito "nômade" da guitarra de Roye Albrighton. Ao longo daquelas treze faixas, o Nektar apresentava seu super próprio tipo de surrealismo instrumental que irradiava tanto dos vocais como do entrelaçamento ritmos e efeitos. Com sintetizadores fervendo e se agitando em frente ao ataque percussivo de Howden, mais as luzes "líquidas" de Brockett, canções como "Astronaut's Nightmare", "It's All In The Mind" e as duas partes de "Dream Nebula" iam e vinham oscilantemente sugerindo um entorpecimento mental em melodias descontraídas abertas à incursões fantásticas pelo Rock Progressivo. Assim como o Hawkwind estava explorando as profundezas do espaço sideral em seus álbuns, "Journey To The Center Of The Eye" musicalmente sondava o espaço interior da mente e do corpo numa viagem conceitual bem autêntica. "Burn Out My Eyes" e "Warp Oversight" surgiam tal qual trilha-sonora com barulhos incidentais e sons nebulosos e indefinidos que convergiam e se dissipavam em paisagens, enquanto os 54 segundos de "Look Inside Yourself" eram uma curta e ilusória viagem. O som livre e sem limites do Nektar seria melhor capturado em "Journey" e nos três próximos lançamentos, antes que suas suítes "ambient" e climas progressivos fossem assumindo um lado mais mainstream. O segundo álbum, "A Tab In The Ocean", apareceu ainda no final de 1972 e conquistou uma grande massa de fãs. "A Tab..." espelhou a estreia, mas apenas num certo nível. Enquanto o som ainda se apoiava em longas passagens de teclados e letras de fantasia, a psicodelia era trocada por uma pegada mais clara de Rock Progressivo, tanto na estrutura quanto na execução (longas variações sobre os temas). Havia uma nítida coerência entre guitarras e teclados, centrais na música do Nektar, com tentativa de moldar um conceito perpassante por todas as cinco faixas do álbum. Tanto a faixa-título (com seus quase dezessete minutos) quanto "King Of Twilight" e "Desolation Valley/Waves" eram grandes exemplos do processo de amadurecimento da banda, com instrumental coeso e elegante, totalmente alinhado às letras, ao contrário do ar mais improvisado da estreia. Os destaques eram as guitarras de Roye Albrighton (estruturando as canções) e as linhas de baixo de Derek Moore (mais fortes e expressivas). Apesar de montado em faixas, o disco funcionava como um todo surreal, no melhor estilo Prog-Rock. Até as letras soavam como se mais dedicação houvesse sido dado a elas, tornando-se parte essencial da música do Nektar. Melhor de tudo, "A Tab..." dobrava a aposta para quem já havia gostado do primeiro álbum. Numa era dominada por gigantes como o Yes, Genesis e Emerson, Lake & Palmer, o Nektar foi conquistando espaço e público, com uma sonoridade um tanto mais gótica e com densas texturas (difíceis de serem reproduzidas nos palcos). Através das rádios, conseguiram atrair ouvintes sedentos por música que recriasse experiência psicodélicas. 
 
O terceiro álbum, "Remember The Future", foi lançado em Alemanha em 1973 e acabou tornando-se o trabalho do grande salto de qualidade, talvez a "assinatura" deles. A faixa-título veio distribuída nos dois lados do LP, abarcando todo o disco. Ela se tornaria um sucesso em rádios, em 1974. Considerado por muita gente como o pico criativo da banda, "Remember The Future" realmente tinha elementos para respaldar essas opiniões. Trabalho ambicioso por causa de sua única composição, executada brilhantemente (similar a "Tales From Topographic Oceans", do Yes). Era o Nektar no auge de seu jogo, ainda que alguns pudessem queixar-se de um certo elemento funkeado no som (meio datado), da produção às vezes irregular e algo repetitivo no tema musical. Nem por isso, pode-se tirar este disco de uma lista de "Obras-primas do Prog-Rock", discaço sensacional obrigatório em qualquer discoteca de respeito. O trabalho seguinte foi "...Sounds Like This", lançado no final de 1973. Com canções menores, mais simples, curiosamente foi um álbum eclipsado nos EUA pelo sucesso de "Remember The Future", (primeiro disco com lançamento lá, via selo Passport). Na verdade, "Sounds..." representou uma espécie de passo atrás, por causa de sua menor ambição artística. Também, de longe, foi seu trabalho mais pesado (quase Hard Rock), com várias partes contendo guitarras sujas, caóticas e longos solos de teclados. Gravado "ao vivo" em estúdio, trouxe jams inventivas meio "Southern Blues Rock" dentro do Prog-Rock típico do Nektar. Novamente, ouviu-se críticas à produção inferior, mas a execução eram tão talentosa que suplantava qualquer problema. 
 
 "Sunday Night At London Roundhouse", lançado em mai/1974, trouxe as primeiras gravações ao vivo da banda. No lado A, "Desolation Valley" e "Day In The Life Of A Preacher" gravadas no Roundhouse, em 25/nov/1973. As demais três faixas, no lado B, vinham de ensaios no Chipping Norton Studios, em 27/mar/1974 (a íntegra dessas sessões seriam lançadas em 2002 como "Unidentified Flying Abstract"). Aliás, recente relançamento deste álbum remasterizou o som a partir das fitas originais, eliminou as faixas de estúdio e resgatou a íntegra deste show histórico. Obrigatório total! Quando, então, a banda fez sua estreia em NYC (no Academy Of Music, em 28/set/1974), "Remember The Future" ainda era o único álbum deles oficialmente lançado nos EUA. Uma pista da força deles ao vivo e da natureza daquele som foi o fato da potência dos instrumentos e do aparato de luzes derrubarem a energia da famosa casa, logo que eles subiram o palco. "Down To Earth", lançado ainda em 1974, trouxe músicos e cantores de apoio. Foi um álbum que dividiu opiniões. Era uma tentativa da banda de se reinventar, espécie de "Magical Mystery Tour" deles. Os velhos fãs horrorizaram-se, mas o disco serviu, de certa maneira, para atrair novos ouvintes. Amplamente mais acessível, trouxe elementos de Rock Progressivo e batidas Funk dispostos ao redor de um tema de circo demente, com as faixas introduzidas por um chefe de picadeiro alemão maluco. "That's Life" era um destaque na praia Prog-Rock, mas faixas como "Little Boy" e "Early Morning Clown" (mais delicadas), "Fidgety Queen" (um Pub Rock) e "Nelly The Elephant" (um Funk solto) afugentaram fãs. Para piorar, as rádios não o tocaram.
 
O álbum "Down To Earth", já comentado, conceitual ao redor do tema de um circo, chegou a vender bem levando ao Top 40 a única canção do Nektar a escalar as paradas, "Astral Man". O disco seguinte, "Recycled", de 1976, dividiu opiniões. Por um lado, o instrumental não era tão sólido quanto clássicos trabalhos anteriores, deixando entrever uma queda da coesão da banda. O guitarrista Roy Albrighton, por exemplo, apresentava performance distante dos bons tempos. Por outro lado, a banda mantinha firme a habilidade de conjurar atmosfera de ficção científica com uso não ortodoxo de percussões, guitarras e teclados. Faixas como "Unendless Imagination" e "Cybernetic Consumption" chafurdavam num futurista amálgama de cordas e sintetizadores (com Larry Fast atuando aqui), ainda que por vezes seu tocar possa soar manufaturado e sem vida, levando junto todo o resto. "Sao Paulo Sunrise" e "Marvellous Moses", já mais para o final, surpreendiam pela criatividade que lembrava o primeiro álbum. "Recycled" não era um desapontamento total, mas flutuava na capacidade de prender a atenção do ouvinte. Albrighton então resolveu deixar a banda em dez/76, bem antes de iniciarem-se as gravações para o disco seguinte, o primeiro deles por uma grande gravadora. "Magic Is A Child", de 1977, marcou a estreia do guitarrista/vocalista Dave Nelson. O álbum era mais eclético, com canções cada vez mais curtas e ritmos bastante simples. Nas letras, abordava-se uma grande variedade de temas, da mitologia nórdica e a magia até assuntos bem terrenos como ferrovias e caminhoneiros. Um certo ar Pop, no entanto, foi fatal e os fãs viraram o pescoço e torceram o nariz para o disco. Um detalhe curioso é que uma Brooke Shields de 13 anos de idade aparecia na capa frontal do disco. No resto, muito pouco em "Magic Is A Child" lembrava o Nektar do Rock Progressivo. O lançamento da coletânea "Best Of..." (em LP duplo) foi o prenúncio e, em 1978, a banda se dissolveu, mas logo em 1980, Albrighton e Freeman a reformaram, com o baixista Carmine Rojas e com o baterista Dave Prater.
 
Esta turma lançou "Man In The Moon". Era a época do "Hair Metal", gênero do Hard Rock que sempre teve grande preocupação com a imagem (muitas vezes, até mais do que com a música em substância). Se você nunca ouviu este disco, não espere nada perto de "Remember The Future" ou "Tab In The Ocean". Curiosamente, também não espere ouvir aqui algo parecido com "Magic Is A Child". A música do Nektar agora era orientada para o Pop (mais do que nunca), canções curtas e pegajosas. Mesmo assim, alguma faixas se salvavam. Um fator surpreendente eram os ótimos vocais de Roye Albrighton (talvez, o disco valha por suas performances cantando). Longe de ser um bom ponto de entrada na discografia da banda, era como se o Nektar tivesse passado por uma transformação total. O grupo se dissolveu novamente em 1982. Quando ninguém esperava mais nada, eis que, em 2002, o Nektar se reagrupou com uma nova formação (Albrighton, Freeman e o baterista Ray Hardwick) e lançaram o álbum "The Prodigal Son" (marcando um retorno, vinte anos depois). O disco era decente, ainda que bem aquém do que o Nektar havia feito 25 anos atrás. Na realidade, ele soava como um disco solo de Roye Albrighton, um talentoso guitarrista e ótimo cantor. Havia ali algumas boas canções sim, mas poucas eram realmente memoráveis de dignas de nota. Freeman teve participação mínima (nada que passasse perto de suas memoráveis performances no órgão Hammond, Mellotron e piano, nos álbuns clássicos da banda). O disco era quase um trabalho de um Eric Clapton genérico. No ano seguinte, eles foram atração principal no NEARfest (em Trenton, NJ) com Moore retornando ao baixo e Larry Fast nos sintetizadores. Passaram a se apresentar em diversos festivais de Prog-Rock. Em 2003, Hardwick, Moore e Fast saíram e foram substituídos pela volta de Howden e um novo baixista, Randy Dembo. Não se perca na confusão de mudanças.

"Evolution", de 2004, surgiu na esteira da campanha de relançamentos dos primeiros álbuns remasterizados e em deluxe editions. Com os membros originais Albrighton, Freeman e Howden (mais o novato Randy Dembo), o Nektar provou evoluir na prática. Desde a faixa de abertura, "Camouflage To White" até a de fechamento, o mini-épico "After The Fall", o disco deixava entrever o Nektar de outrora, embora com um estilo e visão mais modernos, adaptado aos novos tempos. Fãs antigos apreciaram os mantras giratórios (principalmente na faixa "Phazed By The Storm") e as belas guitarras do álbum. Com uma temática única típica de álbum conceitual (uma avaliação da evolução humana), "Evolution" surpreendeu com ótimas baladas e Hard Rocks, partes mais orquestrais e passagens totalmente Prog. Um disco que recolocou o Nektar nos trilhos certos. Na sequência, Freeman foi substituído por Tom Hughes. Em ago/2006, Dembo e Hughes deixaram a banda, citando problemas de comunicação, questões monetárias e de relacionamento, além de dúvidas quanto à credibilidade do empresário deles. Dembo foi brevemente substituído por Carmine Rojas (que voltou, mas logo saiu). A banda acabaria se firmando com a formação Albrighton, Howden, Steve Adams (guitarras), Desha Dunnahoe (baixo) e Steve Mattern (teclados). O Nektar seguiu tocando em festivais de Rock Progressivo ao redor do globo. O novo empresário Roy Clay apresentou problemas de tributação no início de 2007. Em meados de 2007, uma turnê solo de Roye Albrighton foi seguida por outra da banda com prevalência europeia. "Book Of Days", de mai/2008, outro álbum foi lançado quando Adams, Dunnahoe e Mattern já haviam deixado a banda. Considerado um bom trabalho (embora inferior a "Evolution"), alternando faixas melódicas com arranjos neo-Prog, mas também partes com batidas mais Pop e até meio funky. Deixava a impressão de que o Nektar era realmente uma banda de um dono: Roye Albrighton. Para os shows que se seguiram, além de Albrighton e Howden (membros originais), foram recrutados Klaus Henatsch (teclados) e Peter Pichl (baixo). Esta turnê ficou notória porque eles passaram a tocar "Remember The Future" na íntegra.

Um álbum ao vivo, "Fortyfied", foi lançado em 2009. Foi um disco que buscou reposicionar a banda na cena Prog recapturando a atmosfera de sua música de mais de 30 anos atrás. Longas versões de suas melhores canções, com Albrighton já sem a mesma potência vocal, mas cercado de músicos competentes tocando de maneira inspirada e atrativa. As performances já não eram tão complexas, mas ainda havia muito Space Rock. Sem overdubs, era claramente um disco para velhos fãs, com lindo libreto, cheio de fotos. Quando "A Spoonful Of Time", de 2012, surgiu, Pichl já não estava mais na banda (as tarefas do baixo ficaram a cargo do músico de estúdio Jürgen Engler, de Billy Sheehan - do Mr. Big, e de Billy Sherwood, ex-Yes e também produtor do disco). Esta formação (Albrighton, Howden, Henatsch e Sherwood) fez um álbum de covers! Intrigante por duas razões: as canções escolhidas não era de Prog-Rock e até surpreendentemente mainstream. Faixas do Blind Faith, Toto, Manfred Mann, Rolling Stones e até The Doors. Nenhuma delas era especialmente um desastre, mas acabavam funcionando como música de restaurante. Nem mesmo uma enorme lista de participações especiais (Patrick Moraz, Steve Howe, Ginger Baker, Rick Wakeman, entre outros) elevava a temperatura. Desnecessário.

Em 2013, surgiu "Time Machine", com a mesma formação. Um álbum chato, sem nada novo, sem tentativa de nada diferente, Climas geralmente reflexivos, saudosos, algumas baladas (com certo ar do Yes), bastante desapontador, sem destaques. Em 2014, Sherwood saiu da banda e foi substituído por Lux Vibratus (!), mas infelizmente em 26/07/2016, Roye Albrighton morreu de uma doença desconhecida, deixando o futuro do Nektar completamente indefinido. Texto: Mural Cultural. Site Oficial.




Bitrate: 192Kbps.
 
Álbuns.

Journey To The Centre Of The Eye (1971)
CD 1: Álbum.

01. Prelude (1:27)
02. Astronauts Nightmare (6:22)
03. Countenance (3:30)
04. The Nine Lifeless Daughters Of The Sun (2:41)
05. Warp Oversight (4:28)
06. The Dream Nebula (2:14)
07. The Dream Nebula Part II (2:25)
08. It’s All In The Mind (3:22)
09. Burn Out My Eyes (7:48)
10. Void of Vision (2:01)
11. Pupil Of The Eye (2:46)
12. Look Inside Yourself (0:53)
13. Death of the mind (2:52)

CD 2: Bonus, Official Bootleg Live In Germany. 

01. Prelude (2:03)
02. Astronauts Nightmare (6:50)
03. Countenance (3:37)
04. The Nine Lifeless Daughters Of The Sun (3:26)
05. Warp Oversight (4:29)
06. The Dream Nebula (2:24)
07. The Dream Nebula II (2:34)
08. It's All In The Mind (3:39)
09. Burn Out My Eyes (7:24)
10. Void Of Vision (1:11)
11. Pupil Of The Eye (2:06)
12. Look Inside Yourself (1:31)
13. Death Of The Mind (5:04)


A Tab In The Ocean (1972)
CD 1: Álbum.

The Original 1972 Mix.
01. A Tab In The Ocean (16:52)
02. Desolation Valley / Waves (08:12)
03. Crying In The Dark (06:28)
04. King Of Twilight (04:22)
 
The 1976 U.S. Mix. 
05. A Tab In The Ocean (16:03)
06. Desolation Valley / Waves (08:33)
07. Crying In The Dark (05:13)
08. King Of Twilight (04:05)

CD 2: Bonus, Official Bootleg.

01. A Tab In The Ocean (17:45)
02. Porcelain Valley (Later Called 'Desolation Valley') (11:33)
03. Crying In The Dark 09:16)
04. Desolation Valley / Waves (08:24)


…Sounds Like This (1973)
CD 1: Álbum.

01. Good Day (6:45)
02. New Day Dawning (5:03)
03. What Ya Gonna Do? (5:25)
04. 1-2-3-4 (12:43)
05. Do You Believe In Magic? (7:16)
06. Cast Your Fate (5:25)
07. A Day In The Life Of A Preacher 12:58)
A. Preacher
B. Squeeze
C. Mr. H

08. Wings (3:47)
09. Odyssee (14:25)
A. Ron's On
B. Never, Never, Never
C. Da-Da-Dum

CD 2: Recorded Live November 13, 1971
At Bassunger Turnhalle In Darmstadt, Germany.

01. Good Day (7:59)
02. Odyssee (Da-Da-Dum) (6:51)
03. 1-2-3-4 (13:34)
04. Do You Believe In Magic? (4:55)
05. Odyssee (Ron's On) 10:42)
06. New Day Dawning (7:30)


Remember The Future (1973)
CD 1: Álbum.

01. Remember The Future (Part I) (16:38)
A. Images Of The Past
B. Wheel Of Time
C. Remember The Future
D. Confusion

02. Remember The Future (Part II) (18:55)
E. Returning Light
F. Questions And Answers
G. Tomorrow Never Comes
H. Path Of Light
I. Recognition
J. Let It Grow
 

CD 2: Bonus, Radio Edits & The 70 Boston Tapes.

Radio Edits.
01. Remember The Future (9:54)
02. Let It Grow (3:52)
03. Lonely Roads (2:18)
 
The 1970 Boston Tapes.
04. New Day Dawning (5:36)
05. Do You Believe In Magic (3:40)
06. Candlelight (4:00)
07. Good Day (8:51)
08. The Life I've Been Leading (4:34)
09. Where Did You Go (5:27)
10. Sealed With A Kiss (3:36)
11. Our Love Will Last Forever (4:53)


Down To Earth (1974)
01. Astral Man (3:07)
02. Nelly the Elephant (5:02)
03. Early Morning Clown (3:21)
04. That’s Life (6:49)
05. Fidgety Queen (4:04)
06. Oh Willy (4:00)
07. Little Boy (3:03)
08. Show me the Way (5:55)
09. Finale (1:36)
 
The Original Chipping Norton Mixes.
10. Astral Man (2:39)
11. Nelly The Elephant (4:47)
12. Early Morning Clown (3:23)
13. That's Life (6:44)
14. Oh Willy (4:08)
15. Show Me The Way (5:57)
16. Robert Calvert Out-Takes (2:07)


Sunday Night At The London Roundhouse (Live 1974)
CD 1.

01. Crying In The Dark - King Of Twilight (12:10)
02. Desolation Valley - Waves (9:01)
03. A Day In The Life Of A Preacher (Including The Birth Of Oh Willie) (19:49)
04. Summer Breeze (3:04)
05. Cast Your Fate (5:40)

CD 2.

01. Remember The Future (Part 1) (18:47)
02. Odyssey (Ron´s On) (11:15)
03. 1—2-3—4 (12:31)
04. Remember The Future (Part 2)-Let It Grow) (5:14)
05. Woman Trouble (6:09)


Recycled (1975)
01. Recycle (2:47)
02. Cybernetic Consumption (2:32)
03. Recycle Countdown (1:51)
04. Automaton Horrorscope (3:08)
05. Recycling (1:46)
06. Flight To Reality (1:18)
07. Unendless Imagination? (4:36) 
08. São Paulo Sunrise (3:05)
09. Costa Del Sol (4:04)
10. Marvellous Moses (6:37)
11. It’s All Over (5:11)
 
The Geoff Emerick Mix.
12. Recycle (2:48)
13. Cybernetic Consumption (2:10)
14. Recycle Countdown (1:51)
15. Automaton Horrorscope (3:03)
16. Recycling (1:51)
17. Flight To Reality (1:25)
18. Unendless Imagination? (4:38)
19. Sao Paulo Sunrise (3:04)
20. Costa Del Sol (4:03)
21. Marvellous Moses (6:35)
22. It's All Over (5:24)

Magic Is A Child (1977)
01. Away from Asgard (5:30)
02. Magic is a Child (4:06)
03. Eerie Lackawanna (3:29)
04. Midnite Lite (4:27)
05. Love to Share (Keep Your Worries Behind You) (4:07)
06. Train from Nowhere (4:12)
07. Listen (6:02)
08. On the Run (The Trucker) (4:41)
09. Spread Your Wings (4:40)
 
Bonus Tracks.
10. Away From Asgard (Demo Version) (6:20)
11. On The Run (Alternate Mix) (4:35)
12. Train From Nowhere (Alternate Version) (4:12)


Complete Live In New York, 1974 (1977)
CD 1.

01. Introduction (1:02)
02. Astral Man (2:57)
03. Remember The Future Part 1 (16:14)
04. Marvellous Moses (8:35)
05. It's All Over / Good Day (12:13)
06. That's Life (6:28)
07. Show Me The Way (6:27)

CD 2.

01. A Day In The Life Of A Preacher (15:42)
02. Desolation Valley (9:37)
03. Remember The Future (Part 2)
(8:14)
Tomorrow Never Comes
Path Of Light
Recognition
04. Remember The Future (Part 2-Let It Grow) (7:43)
05. Crying In The Dark / King Of Twilight (10:01)
06. What Ya Gonna Do? (4:06)
07. Medley (6:54):
Johnny B. Goode
Sweet Little Rock And Roller
Blue Suede Shoes
Whole Lotta Shakin' Goin' On

08. Fidgety Queen (5:49)
 


More Live Nektar in New York (1978)
01. Fidgety Queen (5:30)
02. That’s Life (8:10)
03. Show me the Way (4:20)
04. Marvelous Moses (8:22)
05. It’s all over Now (8:25)
06. Astral Man (3:10)
07. Remember the Future (Part 1) (14:00)
08. Remember the Future (Part 2) (8:16)
09. King of Twilight (10:00)


Man In The Moon (1980)
01. Too Young To Die (4:17)
02. Angel (3:30)
03. Telephone (3:40)
04. Far Away (3:17)
05. Torraine (5:25)
06. Can’t Stop You Now (4:18)
07. We (4:40)
08. You’re Alone (4:05)
09. Man In The Moon (6:42)
 
Bonus Tracks.
10. Impossible Years (Too Young To Die) (4:17)
11. Straight Jacket (3:48)


The Prodigal Son (2001)
01. Terminus / Oh My (9:09)
02. Now (6:13)
03. I Can’t Help You (4:50)
04. The Drinking Man’s Wine (5:53)
05. Shangri-La (5:32)
06. Salt And Vinegar And Rhythm And Blues (6:18)
07. The Prodigal Son (6:43)
08. Be Tonight (4:00)
09. Day 9 (5:19)


Unidentified Flying Abstract: Live at Chipping Norton 1974 (2002)
01. Desolation Valley (9:06)
02. Oops - Unidentified Flying Abstract (6:02)
03. Mundetango (6:38)
04. One Mile Red / The Ticket (9:51)
05. We Must Have Been Smashed (6:31)
06. Summer Breeze (2:48)
 


Evolution (2004)
01. Camouflage to White (7:03)
02. Old Mother Earth (7:41)
03. Child of Mine (6:43)
04. Phazed by the Storm (9:20)
05. Always (7:03)
06. Dancin´ into the Void (8:18)
07. The Debate (9:30)
08. After the Fall (5:37)
 


Door To The Future (Coletânea Live 2005)
01. The Devils’ Door (9:24)
02. Nelly The Elephant (6:16)
03. Cast Your Fate (5:36)
04. Anyway – Sorrow (6:26)
05. Little Boy (3:15)
06. Odysee (3:07)
07. Fidgety Queen - She’s So Heavy (5:02)
08. Ron’s On (4:02)
09. Show Me The Way (7:51)
10. I Need Love – Tomorrow (4:40)
11. Tomorrow Never Comes/Path Of Light (11:01)
12. Recognition/Let It Grow/Termination (7:14)
 


Book Of Days (2008)
01. Over Krakatoa (5:07)
02. King of the Deep (8:51)
03. Lamorna (1:28)
04. Doctor Kool (11:10)
05. The Iceman (10:29)
06. Where Are You Now (10:44)
07. Book of Days (Between the Lines) (3:27)
08. Book of Days (3:31)


Fortyfied (Live 2009)
CD 1.

01. A Tab In The Ocean (14:39)
02. Cryin’ In The Dark (5:46)
03. King Of Ttwilight (4:18)
04. Dream Nebula (4:33)
05. Desolation Valley (5:18)
06. Waves (3:11)
07. Remember The Future Pt 2 (18:48)
08. Doctor Kool (10:10)
09. King Of The Deep (9:07)

CD 2.

01. Where Are You Now (9:40)
02. A Day In The Life Of A Preacher (5:26)
03. Mr. H (With Extended Bass Solo) (9:16)
04. Recycled Pt 1 ? (17:29)
05. The Ddebate (8:20)
06. Man In The Moon (8:45)
 


Retrospective 1969-1980 (2011)
CD 1.

01. Rainbows (3:03)
02. New Day Dawning (2:49)
03. Prelude (1:24)
04. Astronaut's Nightmare (6:29)
05. Dream Nebula (Part 1) (2:17)
06. Dream Nebula (Part 2) (2:24)
07. It's All In the Mind (3:21)
08. Burn Out My Eyes (6:39
09. Do You Believe In Magic (3:53)
10. Tab In the Ocean (16:49)
11. Cryin' In the Dark (6:13)
12. King of Twilight (4:17)
13. Good Day (6:42)
14. New Day Dawning (5:00)
15. Cast Your Fate (5:43)

CD 2.

01. Wings (3:46)
02. Remember the Future (Part 2) 19:02)
03. Astral Man (3:17)
04. Nelly the Elephant (4:57)
05. Fidgety Queen (4:06)
06. Recycle (2:54)
07. Cybernetic Consumption (2:02)
08. Recycle Countdown (1:52)
09. Automation Horrorscope (3:05)
10. Marvellous Moses (6:35)
11. It's All Over (5:25)
12. Away From Asgard (5:31)
13. Too Young To Die (4:18)
14. Telephone (3:43)
15. Man In the Moon (6:44)


A Spoonful Of Time (2012)
01. Sirius (2:44)
02. Spirit Of The Radio (4:58)
03. Fly Like An Eagle (4:07)
04. Wish You Were Here (5:56)
05. For The Love Of Money (7:14)
06. Can't Find My Way Home (3:21)
07. 2000 Light Years From Home (4:56)
08. Riders On The Storm (6:40)
09. Blinded By The Light (7:17)
10. Out Of The Blue (4:46)
11. Old Man (3:26)
12. Dream Weaver (3:48)
13. I'm Not In Love (5:56)
14. Africa (4:21)


Time Machine (2013)
01. A Better Way (9:17)
02. Set Me Free, Amigo (5:01)
03. Destiny (5:16)
04. If Only I Could (9:55)
05. Time Machine (8:06)
06. Tranquility (5:06)
07. Mocking the Moon (5:24)
08. Talk to Me (3:55)
09. Juggernaut (4:37)
10. Diamond Eyes (10:14)
 

Opção 1. Opção 2.

New Nektar - Megalomania (2018)
01. Bad Angel (9:03)
02. Megalomania (8:02)
03. Intermezzo 1 (2:47)
04. Selling the World (5:44)
05. Where Do We Go to (5:44)
06. Smiling Face (4:45)
07. Intermezzo 2 (2:42)
08. Enough Is Enough (6:42)

Opção 1. Opção 2.

The Other Side (2020)
01. I'm On Fire (8:33)
02. SkyWriter (7:52)
03. Love Is/The Other Side (17:57)
04. Drifting (9:12)
05. Devil's Door (8:12)
06. The Light Beyond (2:51)
07. Look Through Me (5:02)
08. Y Can't I B More Like U (2020) (6:32)

Opção 1. Opção 2.
 
Mission To Mars (2024)
01. Mission To Mars (8:58)
02. Long Lost Sunday (7:12)
03. One Day Hi One Day Lo (10:11)
04. I'll Let You In (6:05)

Opção 1. Opção 2.

 
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